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GNÓSTICO OU AGNÓSTICO, IDEALISMO E MATERIALISMO


Gnose ou gnosis é substantivo do verbo gignósko, que significa conhecer. Para os gnósticos, gnose é conhecimento superior, interno, espiritual, iniciático. No grego clássico e no grego popular, koiné, o seu significado é semelhante ao da palavra epistéme.
Em filosofia, epistéme significa "conhecimento científico" em oposição a "opinião", enquanto gnosis significa conhecimento em oposição à "ignorância", chamada de agnóia.
Para os gnósticos a gnose é um conhecimento que brota do pensamento de forma misteriosa e intuitiva. É a busca do conhecimento, não o conhecimento intelectual, mas aquele que dá sentido à vida humana e que a torna plena de significado, porque permite o encontro do homem com a sua Essência Eterna.
O objecto do conhecimento da Gnose seria Deus, ou tudo o que deriva d'Ele. Para os seus seguidores, toda a Gnose parte da aceitação firme na existência de um Deus absolutamente transcendente, existência que não necessita ser demonstrada. "conhecer" significa ser e actuar, no conceito do possível ao ser humano, no âmbito do divino.
O termo "gnose" acabou por designar, nos tempos actuais, num conjunto de tradições que acreditam no aspecto espiritual do Universo e na possibilidade de redenção por meio de um conhecimento oculto. Podemos encontrar a mesma "Gnosis", como corrente de pensamento místico, em todas as grandes religiões e culturas: foi nos três primeiros séculos do cristianismo que ela teve o seu apogeu, sendo "a primeira forma de manifestação de um pensamento filosófico e teológico cristão", o chamado gnosticismo cristão.
Agnosticismo refere-se às bases filosóficas que foram assentes no século XVIII por Immanuel Kant e David Hume, que só no século XIX teriam um termo formulado. O seu autor foi o biólogo britânico Thomas Henry Huxley numa reunião da Sociedade Metafísica, em 1876. Ele definiu o agnóstico como alguém que acredita que a questão da existência, ou não, de um poder superior – Deus - não foi nem nunca será resolvida.



IDEALISMO E MATERIALISMO


O Idealismo é uma corrente filosófica que emergiu apenas com o advento da modernidade, uma vez que a posição central da subjectividade é fundamental. O seu oposto é o materialismo, termo formado a partir da palavra grega eidos, que significava inicialmente aparência, forma corporal, que com Platão passa a designar a forma espiritual. Este termo emprega-se em filosofia, em termos gerais, para designar todo aquele sistema filosófico que tenha como característica o facto de a realidade, externa ou interna, apontar para um arquétipo puramente ideal. Em termos restritos o idealismo é a identidade entre o pensamento e a realidade.
Doutrinas muito variadas quanto aos seus postulados e conclusões aparecem sob esta designação, por exemplo: o idealismo realista de Platão, para quem o mundo sensível não é senão a imagem obscura do mundo ideal, verdadeira fonte do conhecimento; o idealismo imaterialista de Berkeley, o bispo irlandês que, fazendo o mundo sensível subir ao mundo espiritual, afirmava que o nosso mundo é já espiritual; o idealismo transcendental de Kant, para quem o mundo dos fenómenos é conhecido graças às formas ideais que presidem e ordenam esse conhecimento; o idealismo absoluto de Hegel, que fez encarnar o mundo espiritual na Terra, ao identificar o racional com o real e este com aquele.
Ao longo da história da filosofia é possível encontrar vários momentos chave do idealismo: no século XVII com Descartes e o seu cogito ergo sum, Malebranche, Pascal, Espinosa e Leibniz; mas é mais recentemente que esta corrente prolifera, sob o impulso do idealismo alemão com Kant, Fichte, Schelling e Hegel, e depois o idealismo italiano com Giovanni Gentile, Benedetto Croce e Julius Evola; e o idealismo inglês e norte-americano com Francisco Huberto Bradley, John Mactaggart, William Torrey Harris e Josiah Royce.
Em Portugal, no século XX é possível encontrar esta corrente representada por Leonardo Coimbra e António Sérgio; este último na linha de Kant e o primeiro ao identificar o real com o pensamento, embora Leonardo Coimbra, pela originalidade do seu pensamento, não possa ser considerado estritamente um idealista, mas antes como ele próprio designa ao seu sistema: criacionista como, comparativamente, à corrente de pensamento do professor Agostinho da Silva.



O termo materialismo designa toda a doutrina ou concepção filosófica que, ao rejeitar a existência de um princípio espiritual, aponta a matéria como realidade ou substância primeira e última de qualquer ser ou fenómeno do Universo. Para o materialismo, a explicação do mundo e da totalidade do real encontra fundamentação na matéria.
Formulada na antiguidade clássica, a concepção materialista ganha relevo em diferentes enunciações doutrinárias ao longo do século XVI, sobretudo graças à observação da realidade, às experimentações e à crença na capacidade do homem.
Embora seja materialista toda a doutrina que afirma ser a matéria a única causa das coisas, há diferentes tipos de materialismo, sendo de destacar o materialismo histórico e o materialismo dialéctico.
Engels chamou materialismo histórico ao instrumento de interpretação da História proposto por Marx e que consiste em reconhecer aos factores económicos um peso preponderante na determinação dos acontecimentos históricos. Para Marx, a causa determinante de toda a realidade histórica e social fundamenta-se na sua estrutura económica.
Por materialismo dialéctico entende-se a concepção do mundo segundo a qual só existe uma realidade material que possui um carácter dialéctico, ou seja, as mudanças e movimentos resultam de uma luta de contrários inerente à própria matéria. Engels é o principal mentor do materialismo dialéctico, apoiando a sua doutrina nos princípios da dialéctica hegeliana, segundo a qual o progresso dá-se pela sucessão de três momentos - tese, antítese e síntese.
Enquanto o materialismo dialéctico se apresenta como fundamentação filosófica do materialismo histórico, este constitui a ciência da aplicação daquele aos fenómenos sociais.


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