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PROPÓSITO

A CONEXÃO RÁPIDA, CRÍTICA, ENTRE A IMAGEM E A PALAVRA.

O MUNDO E CONTROVÉRSIA.

A ARTE E A POESIA SOBRE A MESA.

A LIGAÇÃO A OUTROS BLOGUES.

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PERVERSÕES DA PERSONALIDADE

Porque é que, na maior parte das vezes, os homens na vida quotidiana dizem a verdade? Certamente, não porque um Deus proibiu mentir. Mas sim, em primeiro lugar, porque é mais cómodo, pois a mentira exige invenção, dissimulação e memória. Por isso Swift diz: «Quem conta uma mentira raramente se apercebe do pesado fardo que toma sobre si; é que, para manter uma mentira, tem de inventar outras vinte». Em seguida, porque, em circunstâncias simples, é vantajoso dizer directamente: quero isto, fiz aquilo, e outras coisas parecidas; portanto, porque a via da obrigação e da autoridade é mais segura que a do ardil. Se uma criança, porém, tiver sido educada em circunstâncias domésticas complicadas, então maneja a mentira com a mesma naturalidade e diz, involuntariamente, sempre aquilo que corresponde ao seu interesse; um sentido da verdade, uma repugnância ante a mentira em si, são-lhe completamente estranhos e inacessíveis, e, portanto, ela mente com toda a inocência.  

Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'




Nunca um invejoso perdoa ao mérito.
Pierre Corneille


QUANDO O SOL ENCOBERTO VAI MOSTRANDO


Quando o sol encoberto vai mostrando
Ao mundo a luz quieta e duvidosa,
Ao longo de ũa praia deleitosa
Vou na minha inimiga imaginando.
  
Aqui a vi, os cabelos concertando;
Ali, co'a mão na face tão, formosa;
Aqui falando alegre, ali cuidosa;
Agora estando queda, agora andando.

Aqui esteve sentada, ali me viu,
Erguendo aqueles olhos, tão isentos;
Aqui movida um pouco, ali segura.

Aqui se entristeceu, ali se riu.
E, enfim, nestes cansados pensamentos
Passo esta vida vã, que sempre dura.
Luís Vaz de Camões


SIMBIOSE


Simbiose é uma relação mutuamente vantajosa entre dois ou mais organismos vivos de espécies diferentes.

SUPEDÂNEOS

É o mais intelectual dos pecados e aquele que se liga facilmente a todos os outros. Tanto pode ser grosseiro como subtil. Grosseira, a soberba é luciferina; subtil, até Job a consente. Por isso os seus amigos desconfiaram dele, porque muita virtude é soberba oculta.
Agustina Bessa Luís


A ESTUPIDEZ


Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta.

Albert Einstein

Receita para intolerância e injustiça:

Pegue duas medidas de estupidez,
Junte trinta e quatro partes de mentira,
Coloque tudo numa forma,
Untada previamente
Com promessas não cumpridas.

Adicione a seguir o ódio e a inveja,
mais dez colheres cheias de burrice.
Mexa tudo e misture bem.
E não se esqueça, antes de levar ao forno,
Temperar com essência de espírito de porco,
Com duas xícaras de indiferença
E uma tablete e meia de preguiça.
Renato Russo


Caras-de-pano: 



DEUS e o homem


Deus é a lei e o legislador do Universo.


Albert Einstein



A Criação de Deus como Travão dos Instintos.
Uma obrigação para com Deus: esta ideia foi porém o instrumento de tortura. Imaginou-se Deus como um contraste dos seus próprios instintos animais (do homem) e irresistíveis e deste modo transformou estes instintos em faltas para com Deus, hostilidade, rebelião contra o «Senhor», «Pai» e «Princípio do mundo», e colocando-se galantemente entre «Deus» e o «Diabo» negou a Natureza para afirmar o real, o vivo, o verdadeiro Deus, Deus santo, Deus justo, Deus castigador, Deus sobrenatural, suplício infinito, inferno, grandeza incomensurável do castigo e da falta. Há uma espécie de demência da vontade nesta crueldade psíquica. Esta vontade de se achar culpado e réprobo até ao infinito; esta vontade de ver-se castigado eternamente; esta vontade de tornar funesto o profundo sentimento de todas as coisas e de fechar a saída deste labirinto de ideias fixas; esta vontade de erigir um ideal, o ideal de «Deus santo, santo, santo», para dar-se melhor conta da própria indignidade absoluta... Oh, triste e louca besta humana!
A que imaginações contra natura, a que paroxismo de demência, a que a bestialidade de ideia se deixa arrastar, quando se lhe impede ser besta de acção!... Tudo isto é muito interessante, mas quando se olha para o fundo deste abismo, sentem-se vertigens de tristeza enervante. Não há dúvida de que isto é uma doença, a mais terrível que tem havido entre os homens e aquele cujos ouvidos sejam capazes de ouvir, nesta negra noite de tortura e de absurdo, o grito de amor, o grito de êxtase e de desejo, o grito de redenção por amor, será presa de horror invencível... Há tantas coisas no homem que infundem espanto! Foi por tanto tempo a terra um asilo de dementes!
Friedrich Nietzsche, in 'A Genealogia da Moral'



MIMETISMO SIMBIÓTICO

TENTAÇÕES

Discernimento espiritual, ou simplesmente discernimento, é o nome dado ao processo de averiguação sobre a origem de um dado impulso espiritual. Tendo a sua origem, o seu sentido estrito, nos textos bíblicos. Trata-se de um método avalizado e aperfeiçoado ao longo da história do cristianismo pelos mestres da espiritualidade, de entre os quais merece destacar Santo Inácio de Loyola, autor dos Exercícios Espirituais, livro que discorre, precisamente, sobre os meios de discernimento dos impulsos da alma para que o exercitante encontre a autêntica vontade de Deus para si.

William Shakespeare


O tempo é muito lento para os que esperam;
Muito rápido para os que tem medo;
Muito longo para os que lamentam;
Muito curto para os que festejam;
Mas, para os que amam, o tempo é eterno.

Como no palco o actor que é imperfeito
Faz mal o seu papel só por temor,
Ou quem, por ter repleto de ódio o peito
Vê o coração quebrar-se num tremor,


Em mim, por timidez, fica omitido
O rito mais solene da paixão;
E o meu amor eu vejo enfraquecido,
Vergado pela própria dimensão.


Seja meu livro então minha eloquência,
Arauto mudo do que diz meu peito,
Que implora amor e busca recompensa


Mais que a língua que mais o tenha feito.
Saiba ler o que escreve o amor calado:
Ouvir com os olhos é do amor o fado.


Shakespeare



MAR PORTUGUÊS


Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!

Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

Quem quere passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.

Fernando Pessoa 


O VELHO DO RESTELO


95 - "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!
(...)
Luís Vaz de CamõesOs Lusíadas, Canto IV, 94-97


FANTASMAS

MODERNISMO de Picasso "O BEIJO"

                                                                                              CUBISMO
Femme en chemise assise dans un fauteuil - Picasso, 1913
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THE RAGING SEA (Mar revolto)

MAR REVOLTO

Ontem o Oceano estava bravo!
Clamor da onda que desmaia
Batia e rebolava pela praia
Chocalhando pedras em desagravo
O mar estava bravo e não o via…

E batia! Batia, batia

Olhei o céu
O tempo era ameno
Apenas uns recortes
de nuvens longínquas,
No céu sereno,
E uma ligeira brisa
Transportava
um cheiro a maresia

E batia! Batia, batia

De só olhando ver se via
Fui ver o mar…
Louca tentação
Clamor da falésia
que chocalha
E como a noite acordada não dormia…
O mar bravo na falésia batia

E batia! Batia.

Ontem,
Não tive medo nem recuei
A onda abraçava a lua
Que enamorada amor fazia.

E quando me chamou de sua…
Meu corpo adornado deixei
Enquanto a noite agitada
Adormecia.

Rogério Martins Simões
Aldeia do Meco 21-08-2008 0:45:39

Poesia de ANTÓNIO RAMOS ROSA



Não posso adiar o amor para outro século 
não posso 
ainda que o grito sufoque na garganta 
ainda que o ódio estale e crepite e arda 
sob as montanhas cinzentas 
e montanhas cinzentas 

Não posso adiar este braço 
que é uma arma de dois gumes amor e ódio 

Não posso adiar 
ainda que a noite pese séculos sobre as costas 
e a aurora indecisa demore 
não posso adiar para outro século a minha vida 
nem o meu amor 
nem o meu grito de libertação 

Não posso adiar o coração.




O BRASIL EM FOCO


O Brasil é o maior país dos doze da América Latina, o mais rico, com maiores recursos naturais, tanto que se hoje encerrasse as suas fronteiras não teria necessidade de importações de qualquer natureza. É o quinto maior país do mundo, depois de Rússia; Canadá; China e Estados Unidos; a sua população em 2009, eram 191.480.630 pessoas, sem considerar a parte populacional não recenseada. Pergunta-se agora, interrogação óbvia, inequívoca: Por que motivo, só agora e continuando a desenvolver-se com uma média anual de 8,6%, mesmo depois da tão grande recessão económica mundial e não antes?
Conheci o Brasil, vivi nele, quando um dólar valia quatro reais.  
Não é já o mesmo Brasil, ou alguém fez com que nestes últimos anos tivesse adquirido tão grande desenvolvimento social e naturalmente produtivo. Note-se que só pode haver socialização com desenvolvimento produtivo, algo que economicamente é situação “sine qua non”, que a gente aqui em Portugal, na Europa dos 27, está a ter plena consciência. Nem sempre a riqueza produzida é distributiva, facto verificável no Brasil de então.   
Até ao fim do presente mês os brasileiros vão escolher em votação livre o seu destino. Por um lado a continuidade social, por outro o capitalismo e os lóbis da mão-de-obra barata.
Há pouco tempo, assistiu-se aqui em Portugal a um comentário inusitado, televisivo, transmitido em directo de Fátima, naturalmente infeliz... Um prelado convocou os brasileiros, em Portugal, a não votar em partidos que fossem permissivos ao “aborto”. Uma interferência inadmissível, ingerência clerical determinante, emocional, na consciência colectiva da livre votação. Como é possível sequer pensar que o aborto seja consequência de votação e que ele mesmo ilegal, não seja praticado. Oh Santa ignorância! Ser contra o aborto, porque se considera a vida um direito universal, desde o momento em que o espermatozóide fecunda o óvulo, é uma coisa, mas ignorar que é uma prática comum, na ilegalidade, em circunstâncias inadequadas, quantas vezes impróprias e fatais, é outra. Obviamente seria preferível que toda a gravidez fosse desejável e nunca rejeitada mas isso é irreal, quase genericamente utópico, socialmente desajustado ainda neste século XXI. 
        

A VOTAÇÃO


A 25 de Março de 2007, a RTP1 (Canal 1 da Rádio Televisão Portuguesa) propôs à votação popular livre, de qual seria de dez "O Maior Português de Todos os Tempos"?
Nesse concurso televisivo, das dez personalidades mais importantes de Portugal, verificou-se que votaram cerca de 200 mil portugueses. Destes, cerca de 80 mil votaram em António de Oliveira Salazar, que adquiriu o 1º lugar com 41%, seguindo-se-lhe Álvaro Cunhal com 19.4% dos votos.

Eis o resultado obtido pela votação:

1º António de Oliveira Salazar;
2º Álvaro Cunhal;
3º Aristides de Sousa Mendes;
4º D. Afonso Henriques;
5º Luís de Camões;
6º Dom João II;
7º D. Henrique, o navegador;
8º Fernando Pessoa;
9º Marquês de Pombal;
10º Vasco da Gama.

Muitas especulações, comentários e discussões televisivas, entre os seguidores das partes em contenda, pela ordem resultante do primeiro e segundo, respectivamente, “direita e esquerda” estiveram em acirrada demanda pública vários dias.
Na actualidade, três anos depois, concluindo, algo resulta comentar: É que, tanto Salazar como Cunhal, políticos de destaque contemporâneos, foram sempre iguais a si próprios, honestos, sinceros, verdadeiros nos seus ideais e nenhum de ambos adquiriu riqueza em proveito próprio; pelo contrário, ambos terminaram a nobre existência pela luta das suas convicções, sem pecúlio e mais pobres, sem quaisquer bens materiais, que não tivesse sido, em vida, aquele que o poder lhes atribuía. A eles ninguém pode imputar a tal palavra, hoje tão incomodativa: "corrupção". 
Como diria o saudoso Fernando Pessa: “E esta hem?!”

UMA GAIVOTA VOAVA...VOAVA... (canção)


UTOPIA (canção)


Cidade,
sem muro nem ameias
Gente igual por dentro
gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
não do lobo mas irmão
Capital da alegria
Braço que dormes
nos braços do rio
toma o fruto da terra
é teu, a ti o deves
lança o teu
desafio
Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
este rio, este rumo, esta gaivota
que outro fumo deverei seguir
na minha rota?
José Afonso

LA GIOCONDA


Mona Lisa, também conhecida como La Gioconda ou, em francês, La Joconde, ou Ainda Mona Lisa del Giocondo, é a mais notável e conhecida obra do pintor italiano Leonardo da Vinci.
A pintura foi iniciada em 1503 e é nesta obra que o artista melhor concebeu a técnica do “sfumato”. O quadro representa uma mulher com uma expressão introspectiva e um pouco tímida. O seu sorriso restrito é muito sedutor, mesmo que um pouco conservador. O seu corpo representa o padrão de beleza da mulher na época de Leonardo. Este quadro é provavelmente o retrato mais famoso na história da arte, senão, o quadro mais famoso e valioso de todo o mundo. Poucos outros trabalhos de arte são tão controversos, questionados, valiosos, elogiados, comemorados ou reproduzidos. Muitos historiadores da arte desconfiavam de que a reverência de Da Vinci pela Mona Lisa nada tinha a ver com sua maestria artística. Segundo muitos afirmavam devia-se a algo muito bem mais profundo: uma mensagem oculta nas camadas de pintura. Se observarem com calma verá que a linha do horizonte que Da Vinci pintou se encontra num nível visivelmente mais baixo que a da direita, ele fez com que a Mona Lisa parecesse muito maior, vista da esquerda que da direita. Historicamente, os conceitos de masculino e feminino estão ligados aos lados - o esquerdo é feminino, o direito é o masculino.
A pintura a óleo, sobre madeira de álamo encontra-se exposta no Museu do Louvre, em Paris, com o nome oficial de Lisa Gherardini, mulher de Francesco del Giocondo, e é a sua maior atracção.

OLVIDO IMPERDONABLE

Sebastián Piñera, presidente do Chile granjeou a simpatia do mundo por ter esperado, no local, pelos 33 mineiros soterrados, ganhando 100% da gratidão do mundo como o presidente mais mediático no momento, mas perdeu mais de metade da sua aceitação por se ter esquecido de esperar pelos seis salvadores "voluntários" que ainda estavam no fundo da mina.