Machu Picchu, em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha", também chamada "cidade perdida dos Incas", é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, actual Peru. O quíchua (qhichwa simi ou runa simi), também chamado de quechua ou quéchua, é uma importante família de línguas indígena da América do Sul, ainda hoje falada por cerca de dez milhões de pessoas de diversos grupos étnicos da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru ao longo dos Andes. Possui vários dialectos inteligíveis entre si. É uma das línguas oficiais de Bolívia, Peru e Equador.
Machu Picchu foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti, do quíchua Pacha Kutiq "O que muda a Terra", ou "Reformador da Terra", foi o nono governante do Império inca e seu primeiro imperador, entre os anos 1438 e 1471.
O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruído. As áreas reconstruídas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.
Consta de duas grandes áreas, a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos e outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica inca foi tudo planeado para a passagem do deus sol.
O lugar foi elevado à categoria de Património mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interacção com o turismo, por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.
Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, a mais aceite afirma que foi um assentamento construído com o objectivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e o seu séquito, mais resguardado em caso de ataque.
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