Um verdadeiro professor, todos os dias toma a cicuta do estoicismo.
Se existe profissão bem digna de reverência é a de ser professor, por isso o meu apreço pelo sacrifício e abnegação vai para um amigo de seu nome Fábio Ferreira Brito, muito ilustre e digno professor de literatura portuguesa na Universidade de Letras de de S. Camilo, (Brasil, E.S.) que, gentil, me considera inteligente, sensível e culto:
(A. Bougeard)
Para Fábio a minha dedicatória de gratidão:
Para Fábio a minha dedicatória de gratidão:
“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.”
Cora Coralina
Poetiza e escritora brasileira
A minha homenagem a um grande poeta brasileiro, Mario Quintana:
AH! OS RELÓGIOS
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...
Mario Quintana - A Cor do Invisível
Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...
Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.
Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.
E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...
Mario Quintana - A Cor do Invisível
PROJETO DE PREFÁCIO
Sábias agudezas... refinamentos...
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.
Mario Quintana
2 comentários:
Amigo, que linda a homenagem! Estou comovido, sabia? Para mim, é uma honra ter amigos como você. Reafirmo: você é uma das pessoas mais cultas, sensíveis e inteligentes que conheço. Obrigado por Quintana, que adoro. E continuo apaixonado pela literatura portuguesa: Florbela Espanca, Pessoa, Camões, D. Sophia de Mello Breyner e tantos outros.
Abraço bem forte.
Fábio F. Brito
(Brasil)
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