Não quero... Não!
Não quero “ismos” nem “istas”,
Nem outras teorias idealistas...
Nem outras teorias idealistas...
Nem bandeiras ou cadeiras,
Nem tachos…nem panelas,
Nem cores, nem símbolos.
Não quero cor nenhuma…!
Nem branco nem preto…
Quero o arco-íris.
Não quero pensamentos teóricos,
Cáusticos, filosóficos ou Teológicos,
Perfeitos ou matemáticos,
Universais ou cabais.
Apenas quero ser livre.
Sem grades nas janelas.
Torres ou muros...
Quero ter ânimo…
Livre... Como tu, Liberdade!
Desobrigar-me de vez
Da teia que me prende.
Em selva de betão armado,
Oblíqua, preconcebida,
Com fronteiras de pedra…
Quero ser simples assim:
Apenas corcel solto, alado.
Viver amor, acompanhado...
Viver amor, acompanhado...
Com esta lira que vos roço,
Desatento, sem dó…
Canto a utopia da liberdade!
Sem ser o que querem.
Quero ser como sou
Quero ser como sou
Sem ser como era!
Conjecturo o Universo,
Distante… Vigiando,
Distante… Vigiando,
Da janela do meu quarto,
Única fresta de raio de luz,
Que penetra no engano,
Vejo o Mar... E o Sol a cair,
No horizonte... E na noite,
Que se perpetua para sempre…
Para além do dia circundante.
Eternamente quero-te Liberdade…
José Douradinha (Setembro 2010)
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