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A CONEXÃO RÁPIDA, CRÍTICA, ENTRE A IMAGEM E A PALAVRA.

O MUNDO E CONTROVÉRSIA.

A ARTE E A POESIA SOBRE A MESA.

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PENSAMENTO DA SEMANA



Portugal Está a Atravessar a Pior Crise
Que fazer? Que esperar? Portugal tem atravessado crises igualmente más: - mas nelas nunca nos faltaram nem homens de valor e carácter, nem dinheiro ou crédito. Hoje crédito não temos, dinheiro também não - pelo menos o Estado não tem: - e homens não os há, ou os raros que há são postos na sombra pela Política. De sorte que esta crise me parece a pior - e sem cura. 

Eça de Queirós, in 'Correspondência (1891)'

INTERNATIONAL SPACE STATION (Video)


A Estação Espacial Internacional ''International Space Station'' ou simplesmente ISS é um laboratório espacial actualmente em construção. A montagem em órbita da EEI começou em 1998;  a estação encontra-se numa órbita baixa, entre 340 km e 353 km, que possibilita ser vista da Terra a olho nu. Viajando a uma velocidade média de 27.700 km/h, a Estação completa 15,77 órbitas por dia. Representa a permanente presença humana no espaço e tem sido mantida com tripulações de número nunca inferior a dois elementos desde 2 de Novembro de 2000.
A ISS envolve diversos programas espaciais, sendo um projecto conjunto da Agência Espacial do Canada  (CSA/ASC);  Agência Espacial Europeia (ESA); Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA); Agência Espacial Federal Russa (ROSKOSMOS) e Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA) dos Estados Unidos da América.


Vencer o Mundo da Vida Banal
De início creio, como Schopenhauer, que um dos motivos mais fortes conduzindo à arte e à ciência é o desejo de evasão da existência terra a terra com a sua aspereza dolorosa e o seu desolado vazio, de libertação das peias dos próprios desejos eternamente volúveis. É uma força impelindo os que a ela são sensíveis a sair da existência pessoal para o mundo da contemplação e da compreensão objectiva; esse motivo é semelhante à atracção, que leva o habitante da cidade irresistivelmente a sair do seu ambiente barulhento e confuso e procurar a paisagem calma dos altos montes, onde o olhar se espraia pelo ar tranquilo e puro e acaricia as linhas calmas, que parecem ter sido criadas para a eternidade. A esse motivo negativo, porém, alia-se outro positivo. O homem procura formar para si, de qualquer modo adequado, uma imagem simples e clara do Mundo e vencer assim o mundo da vida banal tentando substituí-lo, até certo grau, por essa mesma imagem. É o que faz o pintor, o poeta, o filósofo especulativo e o cientista da natureza, cada um à sua maneira. É dessa imagem e da sua conformação que ele faz o centro da sua vida afectiva, para procurar aquela tranquilidade e segurança que não consegue encontrar no turbilhão demasiado estreito da experiência pessoal. 
Albert Einstein, in 'Como Vejo o Mundo' 

CARMINA BURANA de Carl Orff


Carl Orff nasceu e faleceu em Munique, respectivamente, a 10 de Julho de 1895 e 29 de Março de 1982. Foi um compositor alemão, um dos mais destacados do século XX, famoso sobretudo pela sua cantata "Carmina Burana".
A sua maior contribuição situa-se na área da pedagogia musical, com o “Método Orff” de ensino musical, baseado na percussão e no canto. Orff criou um centro de educação musical para crianças e leigos em 1925, no qual trabalhou até à data do seu falecimento.


PENSAMENTOS


“Os milionários quiseram comprar a felicidade com o seu dinheiro, os políticos quiseram conquistá-la com o seu poder, as celebridades quiseram seduzi-la com a sua fama. Mas ela não se deixou achar. Balbuciando aos ouvidos de todos, disse: "Eu me escondo nas coisas mais simples e anónimas..."
Augusto Cury


PENSAMENTO DA SEMANA


"A diferença entre a moral e a política está no facto de que, para a moral, o homem é um fim, enquanto para a política é um meio. A moral, portanto, nunca pode ser política, e a política que for moral deixa de ser política."
Pío Baroja

Pío Baroja y Nessi  (1872 / 1956) foi um escritor espanhol da chamada Geração de 98. Foi irmão do pintor e escritor Ricardo Baroja e tio do antropólogo Julio Caro Baroja e do director de cinema e guionista Pío Caro Baroja.





Marx, Freud e Nietzsche


AS VERDADES PREOCUPANTES DE NIETZSCHE:

"Não Seremos Capazes de Modificar um Único Homem
Deixemos pois de pensar mais em punir, em censurar e em querer melhorar! Não seremos capazes de modificar um único homem; e se alguma vez o conseguíssemos seria talvez, para nosso espanto, para nos darmos também conta de outra coisa: é que teríamos sido nós próprios modificados por ele! Procuremos antes, por isso, que a nossa influência se contraponha e ultrapasse a sua em tudo o que está para vir! Não lutemos em combate directo... qualquer punição, qualquer censura, qualquer tentativa de melhoria representa combate directo. Elevemo-nos, pelo contrário, a nós próprios muito mais alto. Façamos sempre brilhar de forma grandiosa o nosso exemplo. Obscureçamos o nosso vizinho com o fulgor da nossa luz. Recusemo-nos a nos tornar, a nós próprios, mais sombrios por amor dele, como todos os castigadores e todos os descontentes! Escutemo-nos, antes, a nós. Olhemos para outro lado." 
Friedrich Nietzsche, in "A Gaia Ciência"

SONHO. NÃO SEI QUEM SOU


Sonho. Não sei quem sou neste momento. 
Durmo sentindo-me. Na hora calma 
Meu pensamento esquece o pensamento, 
             Minha alma não tem alma. 

Se existo é um erro eu o saber. Se acordo 
Parece que erro. Sinto que não sei. 
Nada quero nem tenho nem recordo. 
             Não tenho ser nem lei. 

Lapso da consciência entre ilusões, 
Fantasmas me limitam e me contêm. 
Dorme insciente de alheios corações, 
             Coração de ninguém. 

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

WILLIAM-ADOLPHE BOUGUEREAU




William A. Bouguereau nasceu em em França na cidade de La Rochelle a 30 de Novembro de 1825  onde faleceu a 19 de Agosto de 1905.
Foi um pintor académico francês tradicionalista, despretensioso e modesto. Tornou-se um conceituado artista do século XIX e um membro de liderança do Instituto da França e presidente da Sociedade de Pintores, Escultores e Gravadores.
A sua reputação como pintor de temas mitológicos não faz justiça ao pintor de ternas mães, crianças e jovens raparigas. A maior parte destas obras foram pintadas na sua terra natal, no jardim do seu estúdio, num estilo realista quase fotográfico que se tornou um sucesso entre os coleccionadores do seu tempo, embora modernamente tenha sido relativamente esquecido pela celebridade dos impressionistas seus contemporâneos. 

RECORDAR VITORINO NEMÉSIO (ver vídeo)



O poema em que te busco é a minha rede,
Bem mais de borboletas que de peixes,
E é o copo em que te bebo: morro à sede
Mas ainda és margarida e não-me-deixes
E muito mais, no enumerar das coisas:
Cordão de laço e corda de violino,
Saliva de verdade nalgum beijo,
E poisas
Como ave de aço em pão se não te vejo.
Mas onde mais real do céu me avisas
É nas tuas camisas,
Calças de cor no catre bem dobradas.
E és os meus pensamentos, se te ausentas,
Meu ciúme escuro como vinho em toalha;
E o branco circular das horas lentas
Que um perfurante amor lembrado espalha.
Põe o penso no velo intercrural
Com um atilho vertical:
Rosa coberta esquiva
Quer a mão do desejo, quer
O conhecido cravo da agressão
Que estendo às tuas formas de mulher,
Com esta soma e verbal percaução
De um fónico doutor de Mompilher. 

Vitorino Nemésio, in "Caderno de Caligraphia e outros Poemas a Marga"


Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva, nasceu em Praia da Vitória a 19 de Dezembro de 1901  (Ilha Terceira – Açores) e faleceu em  Lisboa a 20 de Fevereiro de 1978. foi um poeta, escritor e intelectual que se destacou como romancista, autor de Mau Tempo no Canal, e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

A ORDEM NO CAOS DE JACKSON POLLOCK



Paul Jackson Pollock, (1912/56) foi um pintor norte-americano e referência no movimento do expressionismo abstracto.
A arte de Pollock combina a simplicidade com a pintura pura. As suas obras de maiores dimensões possuem características monumentais. Com Pollock, há o auge da pintura de acção. A sua esfera da arte é o inconsciente. Desenvolveu uma técnica de pintura, o "dripping" (gotejamento), respingando a tinta sobre suas imensas telas, criando uma ordem no caos; os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se na superfície da tela. Pintava com a tela colocada no chão para se sentir dentro do quadro. Pollock parte do zero, do pingo de tinta que deixa cair na tela elaborando uma obra de arte. Além de deixar de lado o cavalete, também não usava pincéis.



LA TORRE DE MARFIL


Es imposible nuestro amor.... No aguarde
nada de mí tu cándida ilusión,
para rehacer mi alcázar es muy tarde,
el blanco alcázar de mi corazón.

Del arca de mis sueños no retengo
nada, y mi azul rosal se mustió con
el rojo sol canicular, y tengo
enferma el alma de desilusión.

Sentado en una piedra del camino
aguardo el cumplimiento de mi sino,
del porvenir sin la inquietud febril;

mientras se yergue en el confín lejano,
bajo un pálido cielo de verano,
la misteriosa Torre de Marfil.

Adán Coello — Honduras, 1885

O SEGUNDO TRABALHO DE HÉRCULES



Dos doze trabalhos de Hércules impostos pela pitonisa das encostas do monte Parnasso, a sacerdotisa do templo de Apolo, em Delfos, que se inspirava através do pneuma - os vapores que sobem das entranhas da terra - o segundo trabalho foi o de matar a Hidra de Lerna, filha monstruosa de duas criaturas grotescas, Equidna e Tifão. Era uma serpente com corpo de dragão, que possuía nove cabeças, uma delas parcialmente de ouro e imortal, que se regeneravam mal eram cortadas, e exalavam um vapor venenoso que matava quem estivesse por perto. Hércules matou-a cortando as suas nove cabeças enquanto o seu sobrinho Lolau, herói divino de Tebas, filho de Íficles, impedia a sua reprodução queimando as feridas com tições em brasa. A deusa Hera enviou ajuda à serpente, um caranguejo gigante, mas Hércules pisou-o e o animal converteu-se na constelação de Câncer "caranguejo". Por fim, Hércules banhou as pontas das suas flechas no sangue da serpente para que ficassem envenenadas.

Hércules disputou com Aquelos a posse de Dejanira, filha de Eneu, rei da Etólia. Porque a princesa preferia Hércules, Aquelos ficou furioso de ciúmes, transformou-se em serpente, e investiu contra ele; repelido, transformou-se em touro, e de novo arremeteu; mas o herói enfrentou-o, pela segunda vez, quebrando-lhe os chifres, e desposou Dejanira. Tendo de atravessar o rio Eveno, pediu ao Centauro Nesso que conduzisse Dejanira ao ombro, enquanto ele faria a travessia a nado. No meio do caminho, Nesso recordou-se de uma injúria que outrora Hércules lhe dirigira, resolveu, por vingança, raptar-lhe a esposa, passando com esse intuito, a galopar rio acima. O herói, tendo percebido as suas intenções, aguardou que ele alcançasse terra firme, e então atravessou-lhe o coração com uma das flechas envenenadas. Nesso tombou, e, ao expirar, deu a Dejanira a sua túnica manchada de sangue envenenado, convencendo-a de que seria, para ela, um precioso talismã, com a virtude de lhe restituir o esposo, se este viesse em qualquer tempo, a abandoná-la.

Mais tarde, Hércules apaixonou-se pela sedutora Lole, e dispunha-se a desposá-la, quando recebeu de Dejanira, como presente de núpcias, a túnica ensanguentada, e, ao vesti-la, o veneno infiltrou-se-lhe no corpo; louco de dores, ele quis arrancá-la, mas o tecido achava-se de tal forma preso às suas carnes que estas lhe saíam aos pedaços. Vendo-se perdido, o herói ateou uma fogueira e lançou-se às chamas. Logo que as línguas de fogo começaram a serpentear no espaço, ouviu-se o ribombar do trovão. Era Zeus que arrebatava o seu filho para o Olimpo, onde ganhou a imortalidade e, na doce tranquilidade, recebeu Hebe em casamento.